Viagens e Trilhas de um Poeta

Viagens e Trilhas de um Poeta

domingo, 11 de novembro de 2012

Machu Picchu

A cidade não é o verdadeiro nome Inca, é apenas uma referencia geográfica da montanha mais alta (mais velha= Machu Picchu) atribuida pelo aventureiro que a tornou mundialmente famosa; se encerra aí seu valor, pois muitos objetos de valor desapareceram do lugar e estão em museus e coleções particulares no Norte, retirados na escuridão da noite; a velha pirataria velada dos "descobridores". Era um sonho acalentado por vinte anos. Estava preparo para ir ,por Corumbá, entrando na Bolívia pelo lendário "Trem da Morte", mas a explosão do cólera na década de 90 impediu que eu e o Marquinho, o cara de Juiz de Fora, da ida a Ibitipoca, detonassemos a viagem. Quando Hugo Montenegro nos avisou da viagem , intimando-me a ir, revi meus plantões e corri atrás do projeto junto com sua irmã de sangue e a outra de intercambio. A minha mala havia sido extraviada e recebi um dia depois com alguns objetos desaparecidos,mas nada que tirasse meu bom humor. Quase perdi o trem deslumbrado em Olaytatambo. A manha amanheceu nublada e a subida de onibus já foi show, ao olhar o rio Urubamba (wilcanota) e seu vale se tornando cada vez mais lindo e distante abraçando a base da outra montanha. Descemos do ônibus; a cidade encoberta. Fomos a porta do sol, por um caminho de pedras ao redor do abismo. Na porta do sol, aguardamos o sol que aparecia timidamente. A cidade enevoada se descortinava em relances. Descemos para a visita à cidade; revi a vida naquele caminho com a emoção nublando mais uma vez o caminho; conter lágrimas é impossível. Emoções são experiências internas que só podem ser ditas, não há como justificar sem a história de cada um. A natureza me é guia, é minha mãe, é meu alento pra mesmo no pranto alcançar meu sorriso, minha felicidade. As fotografias serão mais fortes que descrever o lugar.

sábado, 13 de outubro de 2012

Proposta de Melhoria para o Sistema de Saúde em São Luís-MA

Sistema de Saude Publico em São Luis_ Propostas de Melhorias. 1.Identificar a situação de atendimento da rede SUS do Município. 1.1Visitar as unidades nos vários níveis de complexidade da rede. 1.2“ Ouvir “ as unidades e profissionais , seus problemas com a rede e a clientela. 1.3 Verificar os indicadores de avaliação do sistema e as unidades observadoras (Samu,Unidades de Emergência, IML,Ouvidoria, Promotoria). 1.4 Criação de espaços democráticos de críticas e avaliação do sistema: Câmaras Internas de discussão; Fórum Municipal (apartidário ou multipartidário )de Saúde e Emergência. 2. Definir explicitamente as competências das unidades que compõem a rede municipal de saúde. 2.1 Orientar a vocação das unidades,provendo-as de capacidade técnico-tecnológica e de recursos humanos. 2.2 Fazer cobrança sobre as atividades das unidades (resultados/ horários de atendimento). 3. Fomentar intercâmbio entre o sistema municipal,estadual e federal. 3.1 ” Despartidarizar” a saúde. 4.Avaliar o sistema de referencia e contra-referencia de encaminhamentos: 4.1 .Verificar e democratizar a pactuação com transparência sobre os recursos alocados e envolvimento dos profissionais . 4.2 . Criação de central de referencia ou aproveitar o Cronp para direcionamento de casos advindos de unidades de menor complexidade para unidades referenciais. 4.3 Garantir acolhimento, seja de consultas, internação ou realização de exames e procedimentos. 4 .4 Cobrar efetividade das unidades referenciais, quanto as suas competências. 5.Incentivar o pleno funcionamento das Unidades de Emergência. 5.1 Reequipar as Unidades Hospitalares com equipamentos modernos, segundo orientação técnica dos próprios profissionais que utilizam os equipamentos. 5.2 Dotá-las de autonomia financeira para gerir suas necessidades em plenitude. 5.3 Otimizar a manutenção preventiva e secundária de equipamentos médico-hospitalares. 5.4. Manter o atendimento emergencial integral ,concernente a recursos humanos e técnicos nas unidades principais de Emergência (Socorrão I e II). 5.5 Dotar as maternidades de maior resolutividade , principalmente no que concerne às emergências obstétricas,ampliando a capacidade real de leitos obstétricos disponiveis. Criar controle de qualidade das maternidades. 6. Incrementar as unidades básicas, dotando-as de competências estruturais (laboratório, farmácia básica, sala de reanimação, SPA) e de pessoal para aumentar sua produtividade e resolutividade. 6.1. Valorizar financeiramente os profissionais das unidades básicas,para que possam exercer suas atividades com competência, assiduidade,pontualidade. 6.2 Premiar os melhores profissionais com titularidades, oferta de cursos educacionais subsidiados, incremento salarial regular. 6.3 Criar turnos especiais nas unidades básicas ,ampliando a capacidade de atendimento destas e criando mais empregos no setor saúde. 7. Ampliar a cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) 7.1 Adicionar especialidades e outros profissionais não-médicos na ESF. 8. Valorizar o sistema ambulatorial de consultas. 8.1 Informatizar o atendimento , implantando o prontuário eletrônico atrelado ao cartão SUS,disponibilizando informação médica dos pacientes a todas as unidades. 8.2 Ampliar a oferta de consultas especializadas. 8.3 Subsidiar consultas especializadas para pacientes do SUS, na rede privada,quando não puder ofertar na rede SUS,de acordo com teto máximo pré-estabelecido em acordo. Ex: 40% do valor particular num teto máximo do valor de consulta (média de preço de mercado). 8.4 Ampliar a oferta de exames laboratoriais, radiológicos e de imagem e outros procedimentos de acordo com a demanda 9. Ampliar e Otimizar Recursos Humanos: 9.1. Aumentar o numero de profissionais médicos,enfermeiros e técnicos de enfermagem,preferencialmente através de concurso público, com remuneração digna e aproveitamento do profissional já atuante contratado. 9.2 Promover atualização educacional permanente através de aulas virtuais, criação de centros de estudos intra-hospitalares, estimulo à pesquisa, aumento de parceria” reais” com universidades, disponibilização de sistema de informatica aos profissionais da rede. 9.3 Criar equipe técnica (médica, multidisciplinar) de auditoria nas grandes unidades hospitalares. 9.4 Criar a cultura de mérito para os profissionais; gratificando assiduidade,pontualidade, resolutividade,produtividade,titularidade. 9.5 Garantir a transparência no pagamento de pessoal e atualização da remuneração periodicamente. 9.6 Evitar qualquer novo contrato com servidor , sem que haja cumprimento de pagamento de salários atrasados prévios. 9.7 Fomentar o conhecimento da Política Nacional de Saúde e do SUS por parte dos profissionais de saúde,para que os mesmos possam contribuir e se compromissar com as políticas adotadas e serem críticos e reavaliadores do Sistema de Saúde. 9.8 Promoção de salário dos profissionais de acordo com o piso proposto, atualizado, pela representatividade das categorias. Exemplo :Piso salarial dos médicos no valor de R$ 9.600,00 por 20h,proposto pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). 9.9 Fidelizar os profissionais às unidades de saúde ,impedindo as trocas periódicas motivadas somente pelos interesses partidários da gestão , inclusive garantir a permanência do pessoal contratado na administração atual,em todos os níveis. 9.10 Cumprir o pagamento de todo o efetivo da saúde, da administração atual,porventura em atraso. 10 Ampliar a Rede Hospitalar: 10. 1 Aumentar o numero de leitos hospitalares,principalmente nas emergência e especificamente nestas, os de trauma,unidades de terapia intensiva e semi-intensiva. 10.2 Criar um grande Hospital de Clínicas, que dê suporte de retaguarda às Unidades Emergenciais. 10.3. Criar um grande Hospital de Traumato-Ortopedia. 11 .Atenção às ferramentas de controle. 11.1 Implantar o cartão SUS integralmente na cidade. 12.Otimizar a captação de recursos do SUS. 12.1 Criação de Leitos Virtuais, através de legislação específica, que corrija a distorção de não-pagamento de pacientes dos corredores das emergências hospitalares superlotadas. Utilizar recursos captados por esta Lei para investimento específico na criação de novos leitos hospitalares. 13. Planejar a saúde com políticas estratégicas, a serem cumpridas ao longo de um período de dez anos, independente da gestão partidária vigente.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Eric Hobsbawm

Mamãe eu quero ser da TV quando crescer. O mundo é de um jeito e as coisas funcionam normalmente contra a lógica. Desde a mais tenra infância somos estimulados a buscar os estudos, como forma de evolução e garantir um futuro promissor adequado às necessidades pessoais e sociais. Ao longo dos anos vai-se percebendo que a educação formal e suas titularidades , pouco importam para uma mundo que consome cada mais frivolidades.Um mundo que perde à cada dia os traços que identificam cada cultura, às custas de um projeto bem deliberado de dominação e alienação, subsidiado por grandes corporações,não por coincidência, nativas das grandes potências mundiais. Uma das maiores ferramentas de dominação são as mídias, que realizam disfarçadamente sua ideologia, despejando uma gama de informações, controladas, que servem para manter as pessoas inertes e envolvidas na mágica de viver correndo de olhos vendados. Ò caverna escura de pouca luz que nos permeia! Os grandes autores, e Platão, continuam atuais. Mas quem tem acesso aos grandes autores? Como o mundo vê os intelectuais? Para que serve a crítica? Talvez para ser derrotada por qualquer mísero ditador em exercício. A história se repete e me dá uma pena não poder testemunhar (ainda,quem sabe?!) ver o império se esfacelando, a cabeça engolindo o rabo. A motivação de escrever esse artigo é a mesma daquela de uns anos atrás, quando faleceu o geógrafo Milton Santos, infelizmente um desconhecido para tantos, quando a maior empresa de mídia televisiva do país ,noticiou sua morte como uma pequena resenha em seu principal telejornal; coincidentemente , na mesma semana, noticiou,diga-se de nota,com grande ênfase, a morte em acidente de transito, do zagueiro do Vasco, que fez uma falta aos 43minutos do segundo tempo na decisão do campeonato carioca,na qual o Petkovic assinalou magistralmente aquele memorável gol de falta, que o consagrou como ídolo da imensa nação rubro-negra. Nesta semana o Brasil perdeu uma apresentadora de folhetim televisivo, que , respeitando sua história e importância para o meio artístico, consumiu ,em exagero, o noticiário de todas as televisões e outras mídias.Sir Eric Hobsbawm faleceu um dia depois; um dos maiores pensadores do mundo moderno; um homem que contou a história do mundo,inspirador de uma série de outros intelectuais e citado em qualquer artigo ou livro que discuta a trajetória sócio-política da humanidade nesses dois últimos séculos. Não era uma figura midiática, com certeza, não distribuía bitocas , nem era de falar amenidades, quanto mais discutir a vida vazia de um qualquer. Porquê então merecer mais do que uns poucos minutos de exposição na TV? Além do mais era Marxista, aliás comunista!Não era também comedor de cérebro de criancinhas, segundo nossos tempos de obscuridade e maldade? Talvez eu quisesse que o meio jornalístico, atribuísse a sua vida imortal, um reconhecimento que seria impensável de poder vazar pela censura capitalista entranhada nas salas de edições , braço forte do patrulhamento ideológico operante.É melhor pensar assim, do que admitir que pensar no mundo, estudar e ser alguém em todos os sentidos não te leva ao estrelato. A Europa convulsiona em crise, enquanto o mensalão serve também para comprar as pizzas. Amanhã será outro dia, o Brasil conseguirá vencer a Argentina; poderíamos ver se não é por causa do penteado de Neymar, o motivo do fracasso do nosso futebol. Mamãe quando crescer, eu quero ser artista, jogador de futebol ou um idiota do show de realidades, ou talvez, quem sabe, apresentar a mediocridade ao mundo e viver nela, no subsolo úmido da caverna. A História...A História perde um dos seus grandes contadores.É preciso rever historicamente nossos erros. O planeta precisa de saúde, o mundo precisa mudar! Kkampus.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Os Campos dos Campos. Era só um encontro de amigo, tentando ver os campos cheios de Viana. Os campos não estavam plenos, pois o inverno (época das chuvas) não foi rigoroso. A viagem com meu irmão Tom e dois parentes do César no carro foi um riso só, apesar do transito intenso até Miranda. Até quando essa estrada desse jeito. È impossível continuar assim. Chegando lá fui contactado por Antonio Pedro , um colega sensacional, que logo me levou pro Boi de Viana, coisa de raiz; peguei um chapéu de fita emprestado de um dos brincantes e fui pro miolo do boi. Saimos do boi e fomos pra “guerra de fogos”, umas serpentinas de pólvora que são acesas e arremessadas rente ao chão, perseguindo os que assistem o espetáculo. Tradição de cem anos. No outro dia fomos à pescaria. Rabeta (canoa com pequeno motor) na água e fomos para um remanso onde deveria haver mais peixes. Ficamos ali, tentando...tentando. Umas duas horas e pegamos uns pequeninos para um frito.Depois uma volta pelo campo alagado até a uma ilha;os mururus descendo a correnteza. Aqui avistamos um búfalos, cavalos, garças e japiaçocas .A natureza fala na Baixada; fala da beleza, da vida mansa, da placidez.Ali se entende os Ferreira. Voltamos e metemos os pés na lama. Era hora do churrasco. Uma fartura só, que só terminou à noite. De manhã , os últimos comentários; hora de pegar estrada; retorno mais tranquilo; revigorado. Já penso no encontro anual.De volta aos campos, também, dos Campos.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Foz do Iguaçu.Parte I

As Cataratas do Iguaçu. Foi uma viagem com a família. Sentimos a falta dos amigos. Viagem cansativa; ficamos parados na conexão do voo por 3 horas em Brasília.Não deu pra encontrar os amigos; era dia de semana. A previsão era de frio e foi confirmada. Ao chegarmos os ponteiros marcavam 07 graus Celsius, para quem vinha do habitual 37 de São Luis fazia uma diferença na pele. Deu tempo só de vestir roupa de dormir. De manhã seguimos para o Parque das Aves, e foi uma festa ver os bichos de perto, fazendo pose pra fotos e podendo tocá-los. As meninas adoraram. Depois a pé, fomos ao Parque das Cataratas, bem ao lado. Um ônibus nos leva até a trilha que avista as cachoeiras de vários ângulos. À cada ponto, múltiplas fotos, ajudando um e outro turista com fotos , o que nos serviu também pra receber a troca e assim ter foto completa da família. Apesar do aviso , encontramos um grupo de quatis; um deles farejou os salgados que estavam na sacola da mi9nha esposa e avançou sobre suas pernas até que conseguiu a sacola com os petiscos. Depois do susto, ficamos rindo do ocorrido e os quatis ficaram eternizados na viagem. Por fim fui à passarela que ia até perto da maior queda:“a garganta do diabo” . As meninas vestiram a capa e me acompanharam até um certo ponto;depois fui sozinho para um banho de orvalho e energia. Voltei tão eletrizado que fiquei tentado a me atirar naquelas águas e descer as cachoeiras: loucura não levada adiante, claro! Enxuguei-me no restaurante, onde havia um banquete variado de comidas regionais.Provei um chopp local: Colonia(levíssimo!). Descansamos no pátio do restaurante que dá vista para o rio Iguaçu antes dele despencar insanamente naquelas quedas maravilhosas. Pra completar o dia, seguimos para um sobrevoo de helicóptero, que classificaria como sensacional. As meninas adoraram e a minha caçula filmou o passeio completo.

terça-feira, 1 de maio de 2012

PIRI I

Uma noite sem dormir. Os voos diretos que saem de São Luis é só de madrugada; triste realidade de quem mora no Nordeste, quase Norte do país; mas o preço das passagens é igual apesar do tratamento ser diferente.Reclamações à parte, sem eco,por sinal, devido a covardia do povo e a inércia política, seguimos... Tomamos o carro, previamente alugado no guiche do Aeroporto de Brasília; perguntei mais uma vez sobre a melhor rota para Pirenópolis, se por Abadiãnia ou por Cocalzinho. Fiquei tentado a ir por Cocalzinho e coloquei esta rota no GPS; o problema é que havia uma via que estava fechada e só conseguimos sair de Brasilia, duas horas depois, perdidos na péssima sinalização da cidade, que é feita só pra quem nasce lá. A estrada estava boa, com raros buracos. Ia sempre apontando a paisagem do planalto com sua vegetação de cerrado, interrompida por grandes vazios de plantação de soja e florestas de eucaliptos; é o desenvolvimento mudando a geografia. Talvez daqui a 40 anos , poderemos ter um deserto no centro do Brasil.Quem se importa?! Os critérios não são ecológicos, são econômicos, e isso basta para que a discussão penda pra destruição. Mas quando a fase de “pujança” findar, os defensores se esconderão e se omitirão da culpa, como se repete há tempos. Começamos a subir a serra .Por um trecho olhamos a distancia um conjunto de picos, que lembrava a paisagem europeia dos Pirineus: estávamos chegando ao destino. Mais um pouco e gritei aos passageiros: Olha aquela cachoeira! Tinha certeza que era o Salto Corumbá. Logo depois uma barraca e um mirante. Fotos e o deslumbre. Os caras estranharam de onde a gente vinha, mas logo se identificaram conosco, quando disse que já havia estado no Jalapão e na Chapada dos Viadeiros, sabia que a aventura era o nosso elo.Passaram uma dicas sobre Piri. Um portal nos dava boas vindas a cidade; tomamos informações no centro ao turista, mas pouco acrescentou ao que já sabíamos.fomos em rumo a pousada escolhida. O GPS é uma grande ferramenta, mas precisa de um bom navegador.Chegamos bem à “Cavaleiros dos Pirineus”. Fomos ao centro almoçar, atrás da comida goiana. De quebra uma música ao vivo, MPB de primeira.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Praia do Tatu





De Tutóia chega-se fácil a Rio Novo em trinta e seis kilometros de asfalto.Lembrei de uma viagem memorável que fui com Bster e Flanklin, em busca do meu primo Merval, que estava provisoriamente morando lá (virá!...rssssss). Fui procurar a Mazé, que era a dona da Pousad homônima; cheguei em frente a Pousada, mas logo soube que ela se mudara. Mas um rapaz risonho, logo reconheceu a mim e a viatura, e com seu sorriso largo veio logo me dar as boas vindas: era o Kaká , guia turístico famoso, boa conversa, com a camisa estampando seu encontro anterior com Zezé Polessa e Camila Pitanga.Já sabia onde ir, na foz do Rio Novo. O camin ho mapeado no GPS, mas jamais dispensaria a ajuda preciosa do guia-local, é a maneira que temos de proteger os lugares (desenvolvimento sustentável).
No nosso destino, a Praia do tatu e da Assembléia, foi elucidado seus nomes numa convenção de "lorota" contada por Kaká e seu Nazareno, outro nativo e dono de uma simpática pousada.Encontramos um casal de nativos catando madeira de mangue que dormitavam na praia.
A brincadeira nas águas cristalinas e calmas foi de imediato. Mas no fim uma água viva tocou o braço de uma das minhas filhas e o pé da outra. A solução era o remédio caseiro que o kaká ensinou: urina. Lá fui eu tomar água e cerveja pra curar as meninas. Apesar de nao ser recomendado, segui suas orientações e dito e certo, a empolação e a dor passaram quase que imediatamente.
Refeito o susto, seguimos para Caburé, foz do Rio Preguiças, outra aventura.

Tur-Tróia





Ainda sem saber ao certo a origem da palavra Tutóia, defino-a com minhas palavras: Lugar onde se é feliz. Afinal o que seria a vida se não achássemos a felicidade?
Seria um pouco entediante contar a viagem inteira, pois em poucos dias, intensos, desfrutamos tanto e preferi postar imagens.
Tutóia é o melhor lugar para se conhecer o litoral leste do Maranhão, inclusive com acesso fácil aos Lençóis Maranhense e ao Delta do Rio Parnaíba .
Cito algumas atrações do lugar e arredores:
Praia da Andreza
Praia do Arpoador
Praia do Amor
Dunas de Tutóia
Lagoinha
Balneário Aguas Cristalinas
Corredeiras de Santa Rosa
Dunas do Rio Novo
Praia do Tatu
Caburé
Ilhas do Delta do Parnaíba.
Mas de Tutóia, melhor, as praias selvagens, a tranqüilidade, a simplicidade dos gentios: povo trabalhador, acostumado com a lida do mar.Igual a Terto, que nasceu Gildásio, que acorda cedo , e pensa na vida catando siri ou pescando bagre.
No arpoador, um ponto de apoio, uma dedo de prosa com Domingos Nastaça e Caroba, outro tanto de estórias. O Pema (ou Camurupim) sendo feito por Padinha, com a trilha das baladas dos anos noventa.Os muricizeiros em volta, os filhotes de carangueijo se criando nos mangues.
Bem ali, a Praia do Amor, perigosa de chegar, areias pra atolar (tudo a ver!). Desculpem o trocadilho.Uma enseada de águas mornas, protegida por uma grande restinga, porto de onde partem pequenas canoas.
Ali já foi terra dos índios Tremenbés, que diziam Tutói (lençol de areia) e dos índios Tupis que a apelidaram de “ água boa”.
Ou seria Tur-Tróia, a lendária colônia de Tróia das Américas?

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Santo Amaro a Rosarinho





A trilha prometia ser melhor. Mas na saída a Pathifinder atolou na areia. Todos os recursos foram utilizados. Por fim , um trator foi a solução. O último banho no rio antes de seguir. O guia que estava com Beto traçou uma rota de trilha por um caminho teoricamente mais fácil, por Rosarinho. O que se seguiu mostrou o contrario; a Pathfinder atolou várias vezes, muito trabalho para desatolar.Testamos o companheirismo, a paciência das mulheres, os recursos para desatolar: pranchas, pás, cintas e a força dos motores da Savana e do Troller.Passamos a manhã toda no caminho "fácil", cansados , mas divertido. O grupo saiu fortalecido com a sensação de queremos mais; o carnaval aponta para praia.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Santoa Amaro 2





ábado em Santo Amaro II




Postagem só de fotos. Aproveitem Santo Amaro do Maranhão!

K.Kampus

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sábado em Santo Amaro-Ma





Acordamos cedo, felizes já pela noite passada de música.No café-da-manhã já encontramos os meninos nativos na hora combinada. Foram logo dizendo que já me procuravam na outra pousada; era Manu,o audaz, que tinha viajado desde as 04hs da madrugada com a família toda.Esforço hercúleo; parabenizei-o.
Fomos em comboio para a Lagoa da Gaivota. Catamos murici no caminho; concordei com a Nanda, depois de longos anos de discórdia: murici tem gosto de queijo.Trilha pesada, pois a areia estava muito fofa. Mas chegamos. Subimos a grande duna e no seu facão, o chapéu da Selena voou. Meu irmão, pra bancar o herói desceu e coragem pra subir depois!? Subiu, mas deve se lembrar até agora do esforço.
A lagoa estava bem seca, com o fundo quase um lodo. Mas isso não impediu a diversão. Os adultos papeando e as crianças se divertindo na areia.A paisagem não se comenta.O leitor tem que ir: é singular!
Combinamos almoçar no povoado Betânia, mas preocupados com as opções pras crianças, acabamos por voltar e almoçar na Pousada Cajueiro. Antes tirei fotos no caminho,com uns arbustos que pareciam cabeleira ao vento, semelhantes a que encontramos em uma das viagens para Parnaíba-Pi. Almoço certo e bom. Ton achou uma namorada, uma pilastra chamada “Magavéia”, corruptela de magra velha.Não havia tempo pra contar essa história de amor. Todos a bordo!
No caminho da Betânia, atravessamos três rios. Adoramos! mas pagamos um preço: Julio entrou meio rápido e a ventuinha do radiador quebrou .Na Betânia, o Rio Grande se torna largo e fundo; um banho refrescante com um gostinho de quero mais pra próxima vez, com direito a passeio de canoa. Voltamos antes do anoitecer; Ton aloprando na viatura de Julio, ou Impaludismo, ou Malária. Chegamos nas travessias do rio e decidi dar a viatura pra Tina experimentar; dei as dicas , mas esqueci de dizer que o carro tem uma peça que se chama acelerador: a viatura morreu no meio do rio.Saí pela janela , mas logo em seguida abri a porta e a viatura inundou; foi bom que lavou; mais outra perda: as havaianas coloridas do Lima, “um cara com uma carreira tão bonita!”(kkkk) .A foto da viatura no rio foi parar no facebook, claro. A ventuinha de Julio terminou de quebrar e furou o radiador (zebra!).
Jantar na Cajueiro novamente. Depois encontro com a turma de Paraglider, que são excelentes esportistas , mas péssimos dançarinos. (sem ofensas!)
Amanha é domingo_ Dia de retorno, uma trilha de volta... Mil aventuras!

P.S. Nomes verdadeiros foram alterados.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Santo Amaro Do Maranhão I





Saímos da Pousada da Pedra após uma carne de sol, já revigorados pelo passeio no Rio Una. A viagem até Pedras foi tranqüila, íamos devagar , estava dentro do planejada. Meu irmão se incorporou á viagem. Deixamos seu carro na Pousada em Morros, nos pareceu mais seguro.
Em Pedras, esvaziamos os pneus, 19libras, para vencer o areal que íamos enfrentar. Dois garotos pediram carona , e mesmo receosos, achamos que por serem nativos, seriam valiosos numa eventual atolada. Dito e certo, numa ladeira no meio do caminho, a viatura do Cesar atolou; lembrei que foi a mesma que na ultima vez atolara, à noite, e que resolvi sozinho. Mas agora estava feio, as rodas estavam bem cavadas na areia. Os meninos mostraram seu valor, colocamos as pranchas e um trator que passou por ali nem foi preciso ser utilizado.Atropelei uma galinha sem querer;infelizmente nem vi; fico com esta dívida , na próxima ido ressarcirei o dono.Atravessamos um rio, e Cesar adorou ter testado seu Snorkel.
Era fim de tarde quando vislumbramos o Rio Grande em Santo Amaro. Do outro lado a cidade nos esperava. Precisávamos atravessar o rio. Descemos todos , câmeras na mão pra filmagem e andamos até a outra margem pra escolher melhor caminho, onde o leito era mais raso. Etapa mais uma vez vencida, com louvor.
Preocupei-me demais com o Cesar e acabei atolando num areial na entrada da cidade. Mais uma vez os meninos tiveram que meter a mão na areia. Rapidamente saímos e chegamos na pousada para o merecido descanso. Combinamos com os garotos para 9hs eles nos guiarem aos passeios. Tenho a trilha até as lagoas marcadas no GPS, mas contratamos os serviços pelo que chamamos de noção de desenvolvimento sustentável.Nesses paraísos, temos que “deixar” o dinheiro, é a maneira de manter a comunidade viva e que possa preservar o lugar.
À noite , tínhamos encontro com o camarão da Malásia e arroz de cuxá, na Pousada Cajueiro. Já havíamos feito o pedido quando chegaram Olinto e Cristina, que vieram por agencia de turismo.Satisfeito a fome; voltamos para Pousada Agua Doce. Armamos nossa estrutura de som , ipod com Baseboss , e o papo foi rolando sobre música popular brasileira numa troca desafiadora de conhecimentos, que muito nos alegrou. Manuel nos ligou e pediu dica pra vir de manhã, uns não acreditaram. Amanhã saberemos , o sábado nos aguarda,promesa de um dia bom.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Um dia em Morros, escondido no Rio Una.






Um dia na vida ,pode conter muito mais que tantos outros. Mais uma vez decidi ir, abortei uma outra viagem, que ficará ali, latente, aguardando outro planejamento, às nascentes do Rio Itapecuru. Segui as orientações da Lúcia, das pedaladas de sábado. Botei pilha em um bocado de gente, mas uns foram desistindo e outros foram se incorporando.À Morros só minha família e a do César ; acordamos cedo, crianças nas viaturas, e o horário marcado no ponto de encontro, próximo ao aeroporto. Seguimos, devagar até Quebranzol para a parada obrigatória. No meio um bocado de motoristas aloprados no Campo de Perizes; enquanto não duplicam a estrada deveriam ser instaladas cameras que flagrassem as irresponsabilidades de alguns, que são verdadeiras tentativas de suicídio e pior, de assassinato. Da Quebranzol fomos seguindo o mapa da Lúcia, além dos morros que emolduravam a estrada, íamos perguntando pelo tal “escondido”. Após passarmos um pouco da entrada do lugar, encontramos um grupo de pessoas que nos indicou o caminho. Da entrada ao sítio da Graça foi fácil, o “ Garrote” já nos esperava e colocou seus meninos para nos guiar. Daí foi só ir por uma trilha de areia, com inúmeras arvores frutíferas, verde pra todo lado, árvores frondosas e arbustos, campos abertos, cavalos pastando, hortaliças cercadas. De repente eis que a trilha cessa num barranco e o rio Una logo ali , raso, com suas águas transparentes, mimetizando o verde da floresta ao redor. Um grande tronco deitado sobre seu leito criando um trampolim natural; nada mais convidativo. A brincadeira de subir na árvore e se atirar nas águas repetiu-se inúmeras vezes. Que bom que o lugar era escondido, assim ainda guarda muito da sua pureza. Não me diferenciei muito das crianças; estávamos ali pra diversão , pra fugir das agruras, pra descobrir mais uma vez...” Viajar é preciso...”, aproveitar o doce presente de viver, desfrutar da natureza, dos amigos, da família, da liberdade.