




Há meses um amigo me convidava para ir em sua fazenda, ver sua criação de carneiros. Assim num dia , sem muito planejamento, peguei a viatura e fui direto para o terminal da espera onde peguei o Ferry-boat para o Cujupe, atravessando a baía de São marcos sob um temporal.Do Cujupe até Central é em torno de duas horas e meia, andando sem muita pressa. Cheguei na casa do Téo no entardecer; como de esperado, mesmo sem aviso , fui bem recebido.Logo fui tomar banho no açude. Ao chegar do banho morno, tomei outro banho em casa e fomos prosear no terraço de grama, sob o plenilúnio. No interior, o céu é diferente , é mais vivo, e eu que já não gosto de divagar, fui logo emendando um papo sobre a grandeza do universo e a existência de vida extra-terrestre.Papo que leva a outros, enquanto um churrasco de carneiro descia macio, a denunciar a simplicidade do tempero e a qualidade da carne.
De manha fomos visitar a fazenda.de inicio um curral de pesagem dos bois; entramos na mata de arbustos e observamos um ponto alto onde se avistava o vale;dali surgiu a idéia para uma futura tirolesa. De lá ,pegamos a viatura e seguimos por uma estrada de terra , que cruzava uma bela vereda e chegamos até o curral dos carneiros.Tiramos as fotos dos bichos.
Uma galinha caipira foi nosso almoço. Um carro de boi passou na estrada e peguei uma carona , lembrando da infância no interior dos meus avos maternos, distante há uma hora dali.Aproveitei também para dirigir um trator, cuja direção hidráulica, super leve, me deixou impressionado. Uma chuva se formou,na verdade um temporal daqueles.
Quando a chuva abrandou , montamos e seguimos viagem; o rio agora estava mais largo e mai fundo; atravessamos com cuidado, mas sem problemas.
Mais tarde , já noite soubemos que os vaqueiros, que traziam um carneiro morto no cofo, foram espreitados por uma grande sucuri, que descerra pro riacho pelas águas da chuva.
O ocorrido foi pano pra manga de um tanto de historias.
Ali...com aquelas palmeiras, com aquele riacho, entre coqueiros e parabólicas, na feirinha da cidade e com o sabor inconfundível da vida simples, dá pra entender a felicidade do gentio, dá pra entender o riso largo do meu amigo Téo
Nenhum comentário:
Postar um comentário