



Pico das Agulhas Negras.
A primeira escalada, um monte de informações, incertezas, expectativas, mas a experimentar era preciso. Parti do Rio de Janeiro com meu cunhado Mauro,às oito horas e nos encontramos com Carlos Ivan, Campista e Lane na Casa do Alemão, novos amigos que faria, acreditando no gosto afim pela trilha,pela natureza.Feita as apresentações , decidimos seguir estrada e parada em Rezende para decidir caminho.Apesar do GPS, dos mapas, que indicavam o caminho pela Estrada para Itamonte como o mais rápido, decidimos por seguir pela estrada bem junto a Academia . Parecia perto até o destino, mas as coordenadas da Pousada dos Lobos estavam erradas. Acabamos por chegar na pousada às vinte e uma horas. Encontramos aventureiros de fácil relacionamento. Assistimos juntos um jogo do Brasil.Choveu á noite toda e fez um frio.
De manha fizemos um passeio até Airuoca, uma aventura ,uma trilha cheia de lama e abismos. No seis de setembro ,o dia amanheceu lindo, seguimos cedo para a entrada do Parque das Agulhas Negras; esperamos o guia,com sua demora fomos até o refúgio, pela estrada mais alta do Brasil. Depois nos encontramos com o guia que nos informou que não daria para subir, pois a trilha estava molhada demais, pelo temporal da noite anterior. Foi um dia incrível , de confraternização, mesmo que não pudéssemos escalar o pico. No outro dia, só eu e o Mauro teríamos a possibilidade de subir.Deixamos o Troller no refúgio e iniciamos a escalaminhada.
Segundo nosso guia, um cara de sessenta anos ,já trabalhando no oficio há oito anos,disse-me que até meninos de doze anos subiam o pico. Fiquei animado. Depois descobri que esses meninos são excepcionais. Há momentos que o esforço físico conta, mas o desafio maior é mental; subi por rampas , em rochas com quarenta a sessenta graus de inclinação, o que não é fácil para alpinistas amadores.Por fim os últimos trinta metros da escalada são os mais difíceis, quando tivemos que subir cansados numa inclinação de quase noventa graus. Vencemos!
O topo do Pico das Agulhas Negras, uma miríade de sentimentos : orgulho, medo, superação, amizade, amor a naturaza, saudade da família.
A montanha permite o encontro com si mesmo, com a pureza, com o silencio, com o abismo, com a linha tênue entre o triunfo e o fracasso, com a força indômita da natureza, com a rocha alçada aos céus, nessa reciclagem infinita e imemorial do planeta.
O que foi de melhor? O caminho , a certeza que a aventura faz parte do que preciso para ser feliz.
K.Kampus
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