Viagens e Trilhas de um Poeta

Viagens e Trilhas de um Poeta

domingo, 11 de novembro de 2012

Machu Picchu

A cidade não é o verdadeiro nome Inca, é apenas uma referencia geográfica da montanha mais alta (mais velha= Machu Picchu) atribuida pelo aventureiro que a tornou mundialmente famosa; se encerra aí seu valor, pois muitos objetos de valor desapareceram do lugar e estão em museus e coleções particulares no Norte, retirados na escuridão da noite; a velha pirataria velada dos "descobridores". Era um sonho acalentado por vinte anos. Estava preparo para ir ,por Corumbá, entrando na Bolívia pelo lendário "Trem da Morte", mas a explosão do cólera na década de 90 impediu que eu e o Marquinho, o cara de Juiz de Fora, da ida a Ibitipoca, detonassemos a viagem. Quando Hugo Montenegro nos avisou da viagem , intimando-me a ir, revi meus plantões e corri atrás do projeto junto com sua irmã de sangue e a outra de intercambio. A minha mala havia sido extraviada e recebi um dia depois com alguns objetos desaparecidos,mas nada que tirasse meu bom humor. Quase perdi o trem deslumbrado em Olaytatambo. A manha amanheceu nublada e a subida de onibus já foi show, ao olhar o rio Urubamba (wilcanota) e seu vale se tornando cada vez mais lindo e distante abraçando a base da outra montanha. Descemos do ônibus; a cidade encoberta. Fomos a porta do sol, por um caminho de pedras ao redor do abismo. Na porta do sol, aguardamos o sol que aparecia timidamente. A cidade enevoada se descortinava em relances. Descemos para a visita à cidade; revi a vida naquele caminho com a emoção nublando mais uma vez o caminho; conter lágrimas é impossível. Emoções são experiências internas que só podem ser ditas, não há como justificar sem a história de cada um. A natureza me é guia, é minha mãe, é meu alento pra mesmo no pranto alcançar meu sorriso, minha felicidade. As fotografias serão mais fortes que descrever o lugar.